Na ocasião, foram discutidos os entraves e oportunidades para a cultura do trigo na região norte e nordeste de Mato Grosso do Sul
Cento e oito (108) pessoas participaram do dia de campo “Trigo no Cerrado”, realizado no dia 07 de outubro no Centro de Pesquisa da Fundação Chapadão. O evento faz parte do projeto de desenvolvimento da cultura do trigo na região e proporcionou aos visitantes a oportunidade de conhecer as principais características da cultura e práticas de manejo nutricional e fitossanitário.
A cerimônia de abertura do evento foi realizada pelo Presidente da Fundação Chapadão, Ilton Henrichsen e pelo diretor executivo André Bartolomeu Piesante.
Na sequência, o pesquisador Dr. Lucas Fantin, responsável pelo projeto na instituição, destacou que o evento tem como objetivo a difusão de informações tecnológicas, divulgação e incentivo do plantio da cultura na região que, segundo ele, além de trazer uma boa rentabilidade aos produtores, viabiliza a sustentabilidade e diversificação dos sistemas de cultivo.
Os participantes tiveram a oportunidade de visitar quatro estações e conhecer algumas cultivares de trigo da Fundação Meridional e Biotrigo. Neste primeiro ano de testes, as cultivares de trigo avaliadas diferiram quanto à adaptabilidade e estabilidade de produção, sendo possível identificar alguns materiais com maior adaptação às condições gerais de cultivo da região.
Em outra estação do evento, o Eng. Agrônomo Fábio Abrantes, pesquisador responsável pelo setor de Solos e Nutrição de Plantas destacou os principais pontos relacionados ao manejo nutricional do cereal, e como a nutrição adequada da cultura desempenha um papel importante para garantir maior qualidade industrial do produto final.
As estações finais abordaram temas fundamentais para direcionar o manejo integrado de doenças do trigo, considerando principalmente as características do sistema de produção da região e as oportunidades de manejo. Além de abordar as principais doenças do trigo, dezenas de programas de controle foram testados já neste primeiro ano de estudo, incluindo alternativas com produtos químicos e biológicos.
A rotação de culturas e produção de matéria seca também foi alvo de discussões. Segundo o pesquisador Dr. Lucas Fantin, o trigo na região deve ser inserido no sistema como uma opção de cultivo na segunda safra, visto que, a demanda hídrica da cultura é inferior a outras comumente realizadas nesta época, como o milho. Além disso, existem outros benefícios como controle de plantas daninhas por alelopatia, manejo de fitonematoides e patógenos de difícil controle como Sclerotinia sclerotiorum, agente causal do Mofo Branco em diversas culturas.
Apoio: IDR-Paraná, Fundação Meridional, Embrapa, Biotrigo Genética, Syngenta, UPL, LSI, Notox, Grupo Vittia, Krilltech nanotecnologia, BASF, Corteva, FMC, Sanovita, AMVAC do Brasil e FertiGlobal.
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Redação: Eng. Agr. Mestre Karla Braga – Fundação Chapadão